Finalizo a série Piranhas com o tema que deveria ter sido postado no logo no início destas postagens: a própria cidade! Na empolgação em descrever os passeios da região, Piranhas acabou ficando por último, mas nem por isso não deve ser valorizada! Como dito anteriormente, este pequeno município do sertão alagoano é banhado pelo Rio São Francisco e reconhecido como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN.
A entrada da cidade baixa onde se encontra o centro histórico de Piranhas.
Piranhas: A cidade por si só já se torna um convite. Seu conjunto arquitetônico é um dos mais conservados do país e se torna encantador com os coloridos das casas. O ambiente nos faz sentir como se estivéssemos numa maquete! Tudo muito lindo e organizado!
Imagem do blog Matraqueando.
Mirantes: Assim que chegamos à cidade fomos ao Hotel Pedra do Sino, onde nos hospedamos e já recomendei em meu primeiro post. Os proprietários do hotel são também do Restaurante Flor de Cactus, muito conhecido na região por estar presente ao lado do Mirante Secular, onde há uma pirâmide quadrangular que foi ali colocada para marcar a transição do século 19 ao século 20. Para chegar ao mirante, pode ir de carro ou tem a opção de subir uma escadaria com 364 degraus!!! Ficamos com a primeira opção! Rsrsrsrs… Do lado oposto, há outro mirante onde se encontra uma igreja. Este só de escada mesmo! Acabamos só apreciando a vista! 🙂
Imagem do blog Matraqueando
Vida Noturna: O centrinho histórico da cidade é maravilhoso! Com seus barzinhos tocando música ao vivo (já fiz menção no primeiro post sobre Piranhas) faz com que as pessoas se sintam recebidas com carinho. O melhor barzinho que fomos foi a Cachaçaria Altemar Dutra. Leva este nome em homenagem ao seresteiro que possuía uma casa do outro lado da margem do Rio São Francisco, mas que frequentemente ia para Piranhas para cantar e tocar.
Prainha: Lá na beira do rio há um local próprio para o banho. O município oferece uma estrutura de bares e restaurantes que servem de apoio para quem está disposto a se banhar na prainha. Muito organizada, por sinal! Acima dos bares e restaurantes há um local onde existe uma estátua em homenagem ao Altemar Dutra, mencionado acima.
Estação Ferroviária / Museu do Sertão: Na antiga estação ferroviária da cidade ainda tem uma locomotiva que virou atração turística da cidade. Ela fica próxima ao local que se encontra a estátua do Altemar Dutra. No prédio da Estação Ferroviária funciona hoje o Museu do Sertão. Lá estão expostas as armas, vestimentas e objetos pessoais dos integrantes do Cangaço e da Volante. Há várias fotografias da época, inclusive a famosa foto das cabeças de Lampião e seu bando expostas como troféus na escadaria da prefeitura de Piranhas. A entrada ao museu quando fomos era bem baratinha: apenas R$ 2,00.
Um dado curioso é que antes das fotografias ninguém sabia quem era Virgulino Ferreira da Silva – o Lampião, mas com a vinda do fotógrafo sírio-libanês-brasileiro Benjamin Abrahão Botto (fonte: Wikipédia) a vaidade acabou por “desmascará-lo” para a polícia e coronéis da época.
Torre do Relógio: Fica em frente ao Museu do Sertão e existe desde 1897, onde abriga um relógio inglês. Na época que fomos, dentro da Torre em seu alto existia o Café Torre, onde só podiam subir no máximo 15 pessoas! Falaram-nos que não mais funcionaria por razões políticas da cidade (mudança de governo), mas espero que ainda esteja funcionando. Vale a visita e a foto! 😉
Prefeitura: Funciona no Palácio Dom Pedro II e foi nele que as cabeças de Lampião foram expostas ao público. Houve reformas até os dias de hoje e a escadaria foi modificada para os lados.
Foto antiga retirada do acervo da globo.com
Enfim… Por aqui encerro os posts relacionados a cidade de Piranhas, no sertão alagoano. Charmosa e acolhedora, a cidade ultimamente tem sido destino certo de várias pessoas. Fica a dica!
Beijinhos.
Lila.